Lembro-me de defender com unhas e dentes que não queria uma relação morna, queria sentir frio na barriga, borboletas a esvoaçar, não conseguir dormir de tão feliz que estava, sorrir à toa. De facto, eu senti tudo isso. Mas se alguma coisa eu aprendi é que quem te proporciona tudo isto é também capaz de te provocar uma dor no peito abrupta.
E no meio deste mar de lembranças que me tortura diariamente, lembro de algo tão banal e juro que parecia que alguma coisa se tinha quebrado cá dentro. Não quero, recuso-me a permitir que mais alguém me faça sentir algo tão negro assim. A partir de hoje não quero mais borboletas, não quero mais frio na barriga, não quero sequer dar permissão a alguém que me possa destruir.
Borboletas? Nunca mais.
~Jucathe